Fitoterapia
O termo fitoterápico deriva do grego e significa “terapia vegetal”. É o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura de doenças através da estimulação de defesas naturais do organismo. Uma das culturas mais antigas que relatam a utilização de plantas, animais e minerais com fins terapêuticos é a chinesa. Relatos esses encontrados no primeiro livro que trata da medicina interna “Huang Di Nei Jing”, escrito na dinastia Han, por volta de 3000 a.C..
As ervas tem sabores peculiares, como acre, doce, amargo, salgado, azedo e suave. Existem também diversas temperaturas, como quente, frio, morno, neutro, fresco e outras intermediárias. A Fitoterapia Chinesa, diz que doenças quentes devem ser tratadas com ervas frias e doenças frias devem ser tratadas com ervas quentes. Essas preparações levam o paciente ao equilíbrio, facilitando a digestão para que as ervas sejam bem absorvidas.
Na fitoterapia chinesa raramente são prescritas plantas isoladas. Na filosofia da MTC, o paciente deve ser visto como um todo e não como tendo os sintomas isolados. Tratam-se as manifestações, mas também as causas. Para concretizar estes princípios, a fitoterapia recorre a fórmulas constituídas por um número variável de plantas, associadas de acordo com as suas características energéticas e cujo conjunto vai servir para tratar uma ou várias síndromes (conjunto de sintomas e sinais). O número de plantas das fórmulas fitoterápicas é variável. Há plantas mais importantes do que outras, mas todas elas têm um papel importante, pois quando se retira uma planta ou se altera a dosagem, passamos a ter outra fórmula com características energéticas completamente diferentes. A planta principal, ou “imperador”, é o “coração” da fórmula e a sua ação é dirigida ao sintoma principal; a “planta ministro” reforça a ação da planta imperador e trata outros sintomas secundários; a “planta auxiliar” reforça a ação das plantas imperador e ministro, elimina ou reduz a sua intensidade, toxicidade e trata sintomas secundários; a “planta guia” dirige a ação da fórmula para o meridiano, sistema ou parte do corpo afetada, regulando ainda a ação das outras plantas da fórmula. Em cada fórmula pode haver uma ou mais plantas de cada uma destas categorias.
Normalmente, não se tomam plantas chinesas isoladas, pelo que é sempre aconselhável seguir a prescrição de um especialista de Medicina Tradicional Chinesa, o qual determinará a combinação de plantas (fórmula) adequada a cada caso, e que poderá variar de acordo com a evolução da patologia.